Como a Inteligência Artificial impacta as posições de liderança

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A IA pode substituir profissionais em cargos de liderança?

2024 tem sido o ano da Inteligência Artificial. Depois de muitos testes nos últimos anos e a consolidação dos softwares generativos em 2023, agora é o momento em que essas ferramentas estão passando, de fato, a serem protagonistas nos diversos setores do mercado.

Se muitos profissionais têm medo de perder o emprego para dar lugar a um robô, a principal pergunta que fica é: será que aqueles em posições de liderança também devem temer a substituição?

Depende do comportamento dos líderes

A resposta não é das mais simples e tem basicamente dois caminhos. O mesmo motivo pelo qual esses cargos podem estar seguros é o que, de certa forma, os ameaçam: a falta de características humanas da Inteligência Artificial.

O lado humano tão importante no papel do líder

Liderar, de modo geral, é saber bastante sobre o nicho em que se está inserido, mas sobretudo compreender com destreza como lidar com pessoas.

Um time, ainda que apoiado na tecnologia, será sempre composto por seres humanos para pilotar recursos e ferramentas. E seres humanos têm sentimentos, emoções, aspirações, dias bons e outros nem tanto.

Nesse contexto, só um líder nato, com a inteligência emocional afiada, é que consegue extrair o máximo de uma equipe, com inspiração, feedbacks oportunos e alinhamentos de rotas, quando necessário. Uma mistura na medida certa entre feeling e intuição com decisões baseadas em dados e métricas.

O lado não tão bom assim

Se um líder bem preparado deve tirar de letra essa nova era da IA, há os casos inversos. A Harvard Business Review entrevistou funcionários especialistas em determinadas áreas, e as respostas são na direção de lideranças que não entendem de seus ramos específicos de atuação, o que, por vezes, empaca o progresso profissional e empresarial.

A Inteligência Artificial, por outro lado, surge como uma alternativa para uma gestão precisa, imparcial e extremamente inteligente em como desenvolver e orientar o trabalho, já que softwares podem identificar padrões e analisar grandes quantidades de dados com mais velocidade e assertividade do que humanos.

Dos entrevistados, 65% disseram que, de algum modo, confiam na capacidade da IA para criar uma estratégia eficaz.

Além disso, ela pode eliminar a influência psicológica no comportamento, evitando ruídos de relacionamento e a bagagem mental que eventualmente possa atrapalhar a tomada de uma grande decisão.

O que fazer

Eu acredito que, assim como no caso de outras posições hierárquicas, bons líderes não correm risco algum com as inovações tecnológicas.

Muito pelo contrário: a Inteligência Artificial vem como uma grande aliada para potencializar a liderança, assumindo tarefas mais burocráticas e mecânicas e, assim, deixando mais tempo para que gestores em qualquer nível ou setor desenvolvam ainda mais suas equipes e soluções.

Abrace a Inteligência Artificial ao mesmo tempo em que valoriza as suas qualidades como líder

Fundadores, executivos e gestores devem se desenvolver junto com a Inteligência Artificial.

Ao se tornarem mais produtivos e eficientes por meio da IA, esses profissionais serão capazes de tomar melhores decisões, o que impacta diretamente na performance da empresa, fazendo com que se prospere mais.

Em síntese, a ideia é buscar conhecimento aprofundado sobre os recursos digitais para tarefas mais burocráticas e deixar as energias principais no desenvolvimento humano do próprio líder e dos liderados.

Como extrair mais e melhor das pessoas ao mesmo tempo em que elas se sentem mais motivadas e reconhecidas em um mundo repleto de robôs trabalhando?

Como posso trazer à superfície as qualidades humanas que bots e softwares não contêm e, assim, impulsionar os colaboradores e a companhia?

Essas são as perguntas que você deve se fazer enquanto as ferramentas digitais evoluem em ritmo recorde para funções mais mecânicas.

Como ser um líder mais humano na era da Inteligência Artificial

Encontrei parte da resposta ao ler o artigo do Bob Wollheim sobre o tema no site da fast Company.

Para ele, se você é um líder — ou qualquer profissional — que ainda não reconhece os impactos irreversíveis que a IA tem hoje no mercado, certamente acabará mais isolado do que nunca e em direção à queda.

A tecnologia já afeta diretamente no dia a dia de todas as empresas e, sobretudo, tem consequências diretas nas lideranças, como eu venho insistindo nas publicações dos últimos dias.

A proposta do autor, então, é deixar um pouco de lado as previsões sobre todo o mal que pode ser causado pela IA para aceitá-la, se desapegar do presente e passar a ter boas expectativas de desenvolvimento baseado em duas frentes:

Conexão

A Inteligência Artificial é um ótimo recurso para ampliar as conexões entre as pessoas, encurtando distâncias geográficas e aprimorando as formas de comunicação e linguagem textual, oral ou por imagens.

Pense no futuro

O presente deve ser levado em consideração, mas sem a romantização de que tudo é perfeito e nada deve mudar. A inovação é inerente à evolução humana e somente os recursos tecnológicos vão nos levar aos próximos patamares. Os abrace e, desse modo, aprimore ainda mais a sua liderança (escreverei mais sobre isso nos próximos dois dias).

As principais qualidades da liderança humana que a IA ainda não oferece

A Harvard Business Review reuniu respostas de líderes e funcionários ao longo dos últimos anos para entender quais as principais características humanas de os profissionais em posições de liderança precisam ter. Veja abaixo:

Consciência

Uma visão do todo é fundamental para liderar. E essa consciência macro envolve inteligência emocional, capacidade de priorizar o que é mais importante e entender o estado mental de cada membro do time.

Compaixão

Saber reconhecer o próprio estágio emocional e ter empatia com os outros é extremamente importante. De modo algum significa passar a mão na cabeça em qualquer circunstância, mas assumir que cada pessoa tem uma necessidade e, a partir daí, saber potencializar habilidades e talentos.

Sabedoria

Há diversas formas de ter sabedoria. Em um cargo de liderança, o mais importante é saber tomar decisões da forma mais imparcial possível, com avaliações baseadas em dados e experiências. Claro que estar aberto a ideias e ter uma boa dose de intuição podem entrar aqui nesse campo.

Futuro

O futuro da liderança passa pela Inteligência Artificial, que transforma os processos de trabalho. A essência de comandar uma equipe, contudo, é a mesma, seja com quais recursos e ferramentas a gente tenha que lidar.

Vamos continuar debatendo no linkedIn?

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