Como está o branding no varejo do Brasil?

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Vamos falar mais sobre branding no varejo? Sim, o varejo brasileiro é terreno de competição acirrada e muita disputa por clientes.

Para destrinchar o cenário atual das grandes varejistas do país, a Valometry fez uma pesquisa quantitativa com mais de 2.500.

O objetivo deles com a amostragem é entender o awareness, a relevância e o engajamento das marcas com os consumidores e como isso impacta nos negócios hoje e amanhã.

Eu tive acesso ao material e decidi criar uma série de conteúdo por aqui para trazer os highlights do relatório, sempre acompanhados de análises minhas sobre os temas, como branding no varejo.

Daqui em diante então, vou apresentar neste texto o especial Branding e Varejo do Brasil.

Marcas mais conhecidas do país
Quer começar com um spoiler legal?

As marcas que têm grandes lojas físicas são muito mais lembradas.

Olha só as dez mais conhecidas no país no momento:

– Assaí (22%)
– Americanas (15%)
– Magazine Luiza (15%)
– Carrefour (15%)
– Casas Bahia (9%)
– C&A (6%)
– Riachuelo (6%)
– Renner (5%)
– Extra (5%)
– Pão de Açúcar (5%)

O bom desempenho do comércio pode ser um indicador de que o desenvolvimento do país vai bem?
Vamos a mais dados super interessantes que encontrei no material deles sobre marcas fortes.

O primeiro responde à pergunta que eu fiz logo no título do tópico:

Para mais de 75% das pessoas entrevistadas, o comércio varejista é amplamente reconhecido como um dos grandes motores de desenvolvimento social e econômico por aqui.

A percepção significa que a maioria da população acredita que se os negócios estão indo bem para os varejistas, isso tende a se refletir em mais empregos, consumo, crédito, educação e outras frentes que fazem o país crescer.

Agora vamos dar uma olhada em âmbito regional. 76% dos brasileiros declaram que as atividades do varejo contribuem de modo positivo para o estado em que moram.

Outra questão que foi levantada era: será que o comércio varejista se comunica bem com o público?

Nesse caso, 73% das pessoas disseram que sim.

Moral da história? Publicitários e outros profissionais do varejo estão fazendo um excelente trabalho por aqui.

Mas sempre dá para melhorar.

Marca ou preço? O que as pessoas mais levam em consideração para comprar?
O preço é prioridade para 66% das pessoas, enquanto 44% consideram a marca como um dos principais critérios.

Mas esses números variam bastante dependendo da classe social.

Para o público da classe A, a marca tem mais peso que o preço, enquanto nas classes mais populares, o preço é mais importante.

Isso mostra como as preferências de consumo estão diretamente ligadas ao poder aquisitivo, especialmente em um país tão desigual como o nosso.

Também podemos observar que temos diferenças claras na preferência de onde comprar.

Quando falamos em produtos de supermercado (varejo alimentar), a grande maioria ainda prefere as lojas físicas.

Já para produtos não alimentares, as opiniões se dividem com as lojas online.

O que mais uma vez demonstra a importância de uma estratégia omnichannel, entregando experiências tanto no ambiente físico quanto digital para atender a todos os tipos de clientes e preferências.

O que você valoriza mais nas suas compras? Como tem feito as suas vendas?

E-commerces nativos são mais confiáveis
Você confia na Amazon? Compraria de um site desconhecido?

Como funciona nossos sentimentos em relação às grandes marcas.

Você já percebeu como ficamos mais satisfeitos e fiéis aos e-commerces nativos, como Amazon, Mercado Livre e Shopee, do que em relação a supermercados?

Esse é um fenômeno cada vez mais claro.

Entre as empresas nativas digitais, a Amazon é mesmo a que mais se destaca e foi por isso que comecei o tópico com ela.

A companhia do Jeff Bezos cria uma conexão emocional mais forte com os consumidores.
Mas o que explica isso?

Os e-commerces nativos entregam experiências mais completas:

– Eles têm variedade de produtos e marcas;
– Facilidade para comparar preços;
– Conveniência no processo de compra e uma logística eficiente que atende às expectativas do cliente.

Tudo isso junto faz com que eles respondam melhor às nossas demandas, gerando uma satisfação alta e uma fidelidade difícil de alcançar em outros canais.

Como fazer para competir com essas gigantes?

A conexão regional – Fidelização e criação de valor

Os supermercados são os que apresentam a menor taxa de fidelidade no varejo. É isso o que mostram os estudos da Valometry.

E isso se deve, em parte, à falta de uma conexão genuína com o público, além da forte concorrência.

Contudo, marcas que entendem as características regionais e culturais de seus consumidores conseguem criar uma relação mais sólida e duradoura.

Exemplo disso são os supermercados regionais como Mix Mateus e Supermercados BH, que se destacam ao oferecer produtos e serviços alinhados às necessidades locais.

O Assaí, embora nacional, tem conseguido ir bem ao se aproximar das particularidades culturais e regionais, aumentando o nível de competição com com marcas menores.

Por outro lado, no segmento de magazines, o Magazine Luiza tem mostrado uma construção mais forte de relacionamento com seus consumidores.

A empresa, hoje um gigante marketplace, vai além do preço competitivo e foca em experiências personalizadas, o que cria conexão emocional que fortalece a lealdade do cliente.

Analisando esse cenário todo, podemos dizer que, no varejo, os critérios de criação de valor envolvem muito mais do que apenas preço e qualidade.

Conhecimento local, experiência personalizada e conexão emocional com as pessoas são fundamentais para desenvolver uma relação de fidelidade verdadeira.

Você gosta de pagar menos por produtos de maior qualidade?
A resposta é bem óbvia, certo? E os estudos mostram isso o tempo todo.

Olhe só como estamos quando o assunto é custo-benefício:

89% dos consumidores priorizam o custo-benefício na hora de decidir a compra. Ou seja, o valor que eles recebem pelo que pagam é fundamental para criar confiança e lealdade.

Além disso, 86% afirmam que comprariam novamente de uma marca que ofereça um produto ou serviço que atenda às expectativas.

Isso mostra que para fidelizar, a marca precisa entregar qualidade e uma experiência satisfatória.

Tenho mais um dado legal para compartilhar:

83% dos clientes se sentem mais atraídos por marcas com as quais se identificam.

A conexão emocional e os valores compartilhados são decisivos para que as pessoas se sintam parte da marca.

Ou seja, o custo-benefício, a experiência de compra e a identidade da marca são elementos-chave para construir uma relação sólida com o consumidor.

Marcas que conseguem equilibrar esses fatores têm tudo para prosperar no mercado.

Fica aqui uma dica final que sintetiza tudo isso: entenda seu público, ofereça valor e crie uma conexão verdadeira.

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