As expectativas de resultados dos departamentos de marketing cresceram de maneira significativa nas últimas duas décadas, especialmente com a chegada do digital, que trouxe na bagagem condições — por meio de recursos, plataformas, canais e ferramentas — para uma subida de patamar nunca antes vista na performance das vendas.
O marketing digital é único
O marketing digital carrega um dinamismo único que exige dos profissionais da área atualização constante, praticamente diária, para que o desempenho esteja sempre aumentando e não esbarre no “sarrafo”.
De modo a ajudar em uma organização otimizada e a dar mais agilidade nos processos das equipes de marketing, a Gartner divulgou um material bem bacana com visões gerais, seguidas por um passo a passo de quatro etapas para serem aplicadas no dia a dia.
Neste texto, vou fazer um resumão de desafios e recomendações, além de ainda mostrar cada uma das fases propostas pelos especialistas da consultoria.
Principais desafios
– O próprio dinamismo do digital faz com que as expectativas do cliente estejam sempre em estado de mudança, exigindo atenção dos líderes de marketing para ações rápidas que consigam antecipar e/ou reagir às tendências, captando bem as percepções do consumidor.
– Há, na maioria das empresas, processos mal construídos, líderes despreparados, colaboradores sobrecarregados e subutilização de ferramentas e recursos tecnológicos.
– As equipes nem sempre são formadas por times completos de especialistas, “sobrevivendo” com profissionais de apenas algumas áreas e impossibilitando, assim, o crescimento escalável.
Recomendações
– Criar um plano de trabalho que foque no que precisa ser feito, desenvolvendo um manual de costumes que tenha como centro as principais entregas e os resultados mais importantes.
– Construir uma equipe com pessoas flexíveis e com habilidades holísticas que combinem várias áreas e sejam capazes de se adaptar com agilidade.
– Se ainda sobrar lacunas críticas no time, saber utilizar parceiros externos para preenchê-las, como agências e freelancers, por exemplo.
– Investir nas ferramentas tecnológicas certas, com uma estrutura que dê suporte para os profissionais entregarem o melhor possível.
4 etapas para agilizar o departamento de marketing
Antes de abordar as fases da criação de uma organização ágil propriamente dita, vale mencionar, mais uma vez, que a mentalidade fugaz é o mais essencial dentro da cultura da sua empresa para que o restante seja possível.
Adaptação, múltiplas habilidades e foco na entrega, listados nas recomendações acima, só farão sentido se o ambiente de trabalho contar com:
– Responsabilidade e um espaço matricial com valores alinhados;
– Estrutura colaborativa e multifuncional, em vez de rígida;
– Constante capacitação dos membros da equipe para papéis diversos e centrados na performance;
– Utilização correta de recursos internos e externos (ferramentas e parceiros).
Para ajudar a estruturar um processo de organização ágil de marketing, a Gartner trouxe um material com quatro etapas que a consultoria julga fundamentais.
Manifesto ágil
Se você ainda não ouviu falar do Manifesto Ágil, pesquise por ele. A ideia nasceu com foco em empresas de software (metodologia scrum), mas se expandiu para outros setores.
No “marketing ágil”, nem tudo de lá é adaptável, mas com uma boa filtragem, muitos elementos podem ser aplicados para que os processos evoluam exponencialmente. Emprestando e remodelando os princípios para a nossa realidade, podemos destacar:
– Sprints: projetos de curto prazo com entregas específicas;
– Metas tangíveis: união de sprints formando um escopo maior de objetivos;
– Revisões: os sprints precisam ser acompanhados frequentemente, em eventuais reuniões até diárias de avaliação de progresso e prioridades;
– Contribuição: para que sejam eficazes, é necessário unir profissionais de todas as áreas interessadas no projeto.
Equipe em formato T
Para ser ágil, é necessária a formação de um time igualmente dinâmico e alinhado com esse propósito. Profissionais no formato T são aqueles que têm a capacidade de atuar em mais de uma área, unindo habilidades multidisciplinares e, principalmente, soft skills bem apuradas, como as relações interpessoais.
É comum que colaboradores, hoje, já tenham uma visão em T para as carreiras, mas o desafio tem sido encontrar aqueles que trazem conhecimento profundo em mais de um ramo, e não apenas superficial, o que vem sendo chamado de T.2.
Parcerias
Montar uma equipe completa de marketing pode ser tarefa trabalhosa e custosa. Por isso, agências e parceiros externos devem ser levados em consideração como um bom meio de otimizar e acelerar entregas.
Além da produção em si, eles podem ajudar com insights, sugestões, relatórios e análises, já que têm um olhar de fora e, geralmente, experiência nas mais diferentes áreas do mercado.
O mais importante é encontrar parcerias com empresas sérias, com portfólios robustos e de confiança. Caso contrário, os contratos podem ser um tiro no pé e gerar mais dor de cabeça do que soluções.
Capacitação tecnológica
Acompanhar clientes que evoluem à medida em que as inovações tecnológicas surgem significa também capacitar o próprio time para tal. Uma mentalidade ágil com um bom time e parceiros externos bem escolhidos não é suficiente por si só, pois esses precisam ser munidos de ferramentas adequadas que deem suporte.
Não faltam opções hoje e é fácil investir dinheiro em meios digitais que não trarão resultados. Foque em recursos que ajudarão no gerenciamento do trabalho (mapas e programas de fluxos de processos), armazenamento e organização de arquivos (material, projetos e entregas) e ferramentas de CRM para a criação de uma jornada do cliente de excelência e frutífera.
Vamos continuar o bate-papo no linkedIn? E continue acompanhando o blog.
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