O Futuro do Varejo

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O futuro do varejo é inerente às mudanças sociais, sejam elas regionais ou globais.

Em um ambiente de mercado em constante transformação, acompanhar de perto as tendências no comportamento social tornou-se uma necessidade urgente para as marcas que buscam prosperar no cenário varejista. 

Neste artigo, vamos falar sobre as principais tendências, realidades e os cenários para o futuro do varejo.

O futuro do varejo não é só sobre tecnologia

Embora a tecnologia seja frequentemente destacada como o principal motor dessas mudanças — e atualmente é mesmo —, é necessário reconhecer que outros fatores e detalhes desempenham papéis igualmente significativos.

Mundo globalizado

A globalização está mais forte do que nunca, conectando mercados e culturas de maneiras antes inimagináveis.

Essa interconectividade impulsiona um fluxo constante de ideias, produtos e influências, desafiando as fronteiras tradicionais e demandando uma abordagem mais aberta e adaptativa por parte do varejo.

Abundância de conteúdo

Ao mesmo tempo, a internet e outros canais digitais inundam o consumidor com um volume gigante de conteúdo diariamente.

No cenário de abundância de informação e entretenimento, as marcas enfrentam o desafio de se destacar no meio desse caldeirão, exigindo estratégias de marketing cada vez mais criativas e personalizadas.

Comunidades

Além disso, o comportamento humano sempre busca comunidades para se pertencer e onde se possa compartilhar interesses, valores e experiências, seja no mundo físico ou virtual.

O varejo inteligente reconhece essa necessidade e busca criar experiências de compra que vão além da transação comercial, oferecendo espaços e plataformas pelas quais os consumidores possam se conectar e se sentir parte de algo maior. 

Visão sobre as marcas

As expectativas dos consumidores ao olharem as marcas também são diferentes agora.

As pessoas não apenas buscam produtos de qualidade, mas também esperam que as empresas assumam posições claras em questões importantes, como sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social.

O sucesso das varejistas no momento e nos próximos anos, portanto, também passa por entender quais causas devem “ser compradas e defendidas” na comunicação institucional, integrando esses valores e identidades.

O que fazer?

De modo geral, como sempre se viu, sairão à frente no varejo aqueles que conseguirem se antecipar e se adaptar a essas mudanças (e outras) emergentes, se posicionando de modo a estar totalmente conectado ao comportamento atual do consumidor.

Nos próximos tópicos aqui do texto, vou trazer três possíveis frentes de abordagens para ter bons resultados no mercado varejista de hoje, proporcionando integração, estilo de vida e uma experiência de compras às pessoas.

Como os varejistas podem se integrar aos clientes

Como proporcionar experiências de compra mais convenientes e eficientes para clientes que têm cada vez menos tempo disponível para desfrutar de serviços e produtos?

Um dos aspectos mais importantes para as marcas varejistas se destacarem daqui em diante é encontrar maneiras eficazes para se integrar aos consumidores de forma invisível.

Estou falando de estimular um comportamento de consumo, na maioria das vezes, inconsciente e regular em uma rotina corrida e atarefada.

Isso significa criar maneiras de economizar o tempo das pessoas, o que inclui a implementação de tecnologias como caixas de autoatendimento e redução do tempo de entrega de pedidos online, além do uso de IA para prever e atender às necessidades dos clientes de forma proativa.

A simplificação das jornadas do usuário, tanto em lojas físicas quanto online, também é um caminho interessante, garantindo que os consumidores possam acessar facilmente os produtos de que precisam sem rodeios e distrações.

Outro aspecto importante é a personalização das ofertas e a criação de experiências de compras mais intuitivas, o que envolve o uso de dados para entender os padrões de compra dos clientes e oferecer sugestões relevantes e listas de compras customizadas.

A invisibilidade no varejo, sobretudo, se trata de ter uma presença onipresente, na qual as marcas estejam disponíveis sempre que os clientes precisarem, seja por localizações estratégicas ou plataformas digitais abrangentes e com um planejamento omnichannel.

A combinação desses fatores acima certamente proporcionará uma experiência mais alinhada às expectativas atuais das pessoas ao fazer com que elas nem percebam que a empresa se tornou parte natural de suas vidas cotidianas.

Como vender estilos de vida em vez de produtos

Vender estilos de vida em vez de produtos é uma abordagem cada vez mais relevante no varejo moderno — e nas tendências do futuro.

E há duas formas de colocar isso em prática.

A primeira não é necessariamente nova e Nike e Red Bull, entre outras, por exemplo, já fazem há muitos anos. Elas vendem um conceito, uma idealização de vida.

Quem não quer fazer parte do “Just do It” ou de uma mentalidade esportiva que vai muito além de somente comprar bebidas energéticas?

Os varejistas podem se tornar indispensáveis ao oferecer um ideal que apoia os produtos que oferecem.

A segunda maneira é entender as necessidades e desejos dos consumidores em um nível mais profundo, criando ofertas de valor mais complexas que não apenas forneçam produtos, mas também soluções abrangentes para que os clientes incorporem em um estilo de vida.

Os próprios produtos, se integrados ao resolverem o problema como um todo, criam uma sensação ao cliente de estar delegando desafios de estilo de vida aos varejistas, construindo uma relação de confiança e lealdade a longo prazo.

Ao agrupar produtos e serviços de forma inteligente e personalizada, as marcas podem entregar uma experiência de compra mais significativa e relevante para as pessoas.

Isso não só aumenta a satisfação do cliente, mas também fortalece a posição do varejista como um parceiro essencial na busca pela maneira de vida desejada.

Qual das duas você prefere? Eu, particularmente, acredito que, com toda certeza, ambas devem ser aplicadas.

Como fazer o ato de comprar mais importante do que os produtos vendidos

Se o tempo anda curto, como levar o cliente em uma jornada até o seu produto?

A resposta passa por oferecer uma experiência rica já desde os primeiros passos, na qual o consumidor dê mais importância ao ato de comprar do que ao produto propriamente dito.

Isso não quer dizer, de modo algum, que o produto não é fundamental, afinal de contas é ele a ponta final da caminhada.

A proposta aqui é entender que as pessoas só querem chegar ao destino se a trajetória valer a pena.

No cenário do varejo atual, a ênfase está mudando do simples ato de vender produtos para criar experiências de compra significativas.

As marcas agora buscam criar conexões emocionais e interativas com os clientes, o que envolve transformar as lojas em espaços atrativos e acolhedores, onde os consumidores sintam-se incentivados a passar tempo e se relacionar com a marca.

E é aí que entra, mais uma vez, a tão popular e eficaz personalização, que permite às empresas compreender melhor seus públicos e oferecer interações sob medida.

A criação de comunidades em torno da marca, pelas quais os clientes possam se conectar e compartilhar interesses comuns, também é peça-chave nesse quebra-cabeça, fortalecendo os gatilhos e laços emocionais.

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