As redes sociais vêm se consolidando como protagonistas entre os canais de vendas que mais convertem no online.
E a prova desse crescimento está nos números do Future Shopper LATAM do ano passado, desenvolvido pela agência Wunderman Thompson, que perguntou aos consumidores latino-americanos sobre os hábitos de compra no digital.
O que os números dizem
Os dados mostram que 78% dos brasileiros já realizaram uma compra pelas redes sociais, e a porcentagem sobre para a média do continente todo, com 82%. Esse número é quase 20% maior do que em 2022, quando os compradores na América Latina via social media eram 65%.
Além do Brasil, os outros grandes mercados da região acompanham a tendência, com:
– Argentina: 79%;
– Colômbia: 91%;
– México: 79%.
Consumidores que compraram pelas redes sociais em 2023
LATAM
– 82%: Sim
– 63%: Sim, comprei na plataforma
– 29%: Sim, segui um link ou publicidade que me direcionou a um site da marca ou varejista onde comprei
Brasil
– 78%: Sim
– 55%: Sim, comprei na plataforma
– 35%: Sim, segui um link ou publicidade que me direcionou a um site da marca ou varejista onde comprei
Redes sociais estão em alta nas vendas
Como mencionado no começo do texto, as redes sociais estão ganhando protagonismo como canais de vendas e são, atualmente, a principal aposta de crescimento para conversões diretas ali mesmo.
Na semana passada, já havia trazido pontos e insights retirados desse mesmo relatório Future Shopper LATAM 2023 sobre o comportamento dos clientes ao comprar online no ano passado
O primeiro aspecto que destaquei foi o de que, hoje, as pessoas no continentes estão mais habituadas aos meios tecnológicos para realizar compras e, até mesmo por isso, aumentou-se a velocidade nas expectativas.
Essa rapidez não está somente nos prazos de entregas, mas se dá de modo bem claro na passagem da inspiração ao navegar nas redes e consumir conteúdo para o momento da compra.
O cliente está lá, vendo reels atrás de reels, story atrás de story, carrosséis e publicações patrocinadas ou orgânicas e, se ele se sentir inspirado por algo, vai querer adquirir o mais rápido que puder, o que é perfeitamente possível com o social commerce ali atrelado.
Da inspiração ele pula para um link de compra e, dias depois, está com o produto em mãos — ou na mesma hora, caso o serviço seja online, em aplicativo ou download.
Vão crescer ainda mais
Segundo o relatório da Wunderman Thompson, o social commerce é a principal tendência da década e, embora ainda um pouco distante, já dá mostras que competir com os mercados online em pé de igualdade é uma questão de tempo.
Ao aliar conteúdo de qualidade, atendimento cuidadoso e integração omnichannel, as redes sociais têm tudo o que o consumidor precisa para cumprir o storytelling e a jornada toda até a compra (e mesmo no pós). No pior dos cenários, elas ainda servem como trampolins para links externos nos quais também vai haver a conversão.
Mais um ponto alto em favor das redes é o mercado de influenciadores, cada dia mais requisitados em todos os níveis (dos nanos aos com milhões de seguidores), impulsionando produtos e agilizando mecanismos de vendas.
De modo geral, as redes sociais, cada uma à sua maneira, criam ecossistemas para os clientes se sentirem parte da comunidade da marca, interagirem e engajarem e, consequentemente, fidelizarem e até mesmo se tornarem embaixadores digitais.
Quero finalizar este trecho com os números do report sobre a vontade das pessoas em comprar via social media no futuro. No Brasil, 73% dizem que sim, 19% não sabem e apenas 8% alegam que não.
Na América Latina, o sim sobe para 75%, o talvez fica com 17% e o não com os mesmos 8% dos brasileiros.
Em qual rede social as pessoas estão mais propensas a comprar
Se você chegou até aqui, já sabe que o social commerce está no topo das tendências de canais de vendas.
Mas em qual rede social apostar?
Na verdade, todas são essenciais, cada uma à sua maneira, mas existem sempre as mais populares e favoritas entre os consumidores.
De acordo com as respostas de clientes para o relatório, o Facebook ainda lidera na América Latina quando a intenção é comprar via social media, com o Instagram na segunda posição.
No Brasil, os números se invertem, com Instagram em primeiro, Facebook em segundo e apps de mensagens (principalmente WhatsApp) fechando o top 3.
Embora outras redes despontem atualmente com grande crescimento, como TikTok e Linkedin, a escolha pela opção “outra” foi modesta em ambos os casos (Brasil e LATAM), o que não as faz menos importantes, mas mostra um perfil de consumo mais focado no próprio conteúdos desses canais e não de compra de produtos ali dentro.
LATAM
– Facebook: 42%
– Instagram: 31%
– App de mensagens: 17%
– Pinterest: 9%
– Outra: 1%
Brasil
– Instagram: 44%
– Facebook: 22%
– App de mensagens: 21%
– Outra: 12%
– Pinterest: 0%
Gamers que já realizaram compras por apps e plataformas nos quais jogam
Por fim, olhos abertos para os gamers!
Para fechar o assunto sobre Social Commerce, gostaria de falar sobre o grande potencial do mercado dos gamers.
Esse público tem demonstrado que as plataformas e aplicativos de gaming são um campo fértil para vender mais.
Não se trata bem de um comércio por social media, mas a lógica é a mesma: pessoas em busca de entretenimento e engajadas em comunidades que estão rodeadas de conteúdo e podem ser inspiradas facilmente, passando de modo rápido para a conversão.
O estudo dedicou um capítulo para os gamers, no qual perguntou quais são os principais dispositivos utilizados para jogar.
Ainda que os melhores e mais confortáveis aparelhos para jogos sejam os computadores maiores e consoles de videogames, os mobiles lideram com certa folga em todos os países.
Dos entrevistados, mais da metade (60%) disse já ter realizado compras pelos aplicativos ou plataformas em que jogam, comprovando a oportunidade que existe nesse setor, que cresce a cada ano.
LATAM
– Já compraram: 60%
– Não compraram: 40%
Brasil
– Já compraram: 61%
– Não compraram: 39%
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