Em termos de formatos de lojas, o universo dos mercados, no Brasil, é vasto e se transforma constantemente. Mas o que tem se sobressaído atualmente? Vamos começar por um resgate histórico.
Mercados no país
A partir dos anos 80, reinaram por bom tempo os supermercados, atendendo bem à população nos médios e grandes centros.
Com inspiração nas redes dos EUA, principalmente, os hipermercados chegaram como uma evolução natural, já que misturavam o serviço básico de suprimentos com o adicional de uma ampla oferta de itens de lojas de departamentos nos corredores, esses maiores e mais confortáveis.
Os anos se passaram e quem assumiu protagonismo, em determinado momento, foram os atacarejos, em espécie de seleção natural dos clientes (como se dá em todos os setores) e gestores, já que, por definição, o modelo tem operação mais simples, mais rentabilidade para proprietários e produtos mais baratos, especialmente na venda em atacado, para consumidores.
Dados fresquinhos da Nielsen e previsões de analistas do Itaú, porém, mostram que os atacarejos vêm, aos poucos, perdendo força e gerando dúvidas.
Qual deles deve ficar?
Na minha opinião, o cenário atual é, de certo modo, um tanto óbvio, pois nota-se grande investimento das marcas para que os atacarejos se tornem, hoje, os hipermercados de ontem, com esforços para refinar a experiência do cliente ali dentro: boa iluminação, melhor sortimento de portfólio, atendimento de primeira e mais opções de conforto e facilidades.
O Carrefour adquiriu parte da operação do Atacadão (líder do formato); Assaí, Spani e outros seguem por caminho semelhante.
Ao mesmo tempo, cresce o papel do varejo de proximidade, aquele que está mais perto das pessoas. Em grandes cidades, por exemplo, supermercados atendem a um raio de 700 metros, enquanto em centros menores, lojas não ultrapassam os 3,5 km.
Com esses dois fatores ocorrendo juntos, o hipermercado, como o conhecíamos lá no começo dos anos 2000, fica suprimido, dando espaço para supermercados — espaços grandes, mas nem tanto — e os atacarejos (agora na versão “gourmet”), que possivelmente possam ser freados um dia, mas ainda têm uma boa história para contar no país.
E o online?
Enquanto as marcas entendem os melhores formatos físicos, o online também dá as caras com papel importante, impulsionado pelo comportamento de compras remotas que a pandemia trouxe para ficar.
Aqui, além de melhoria nos próprios ecommerces, vale a pena voltar o olhar para ações que podem alavancar a performance no digital, como o Live Shopping, que performa com até dez vezes mais conversão durante as transmissões.
Grandes players do setor, como Bretas, Prezunic e GBarbosa, por exemplo, vêm usando as lives, e o Carrefour já está dando mais atenção a elas, lembrando entram como inovação de canal de vendas (batendo recordes) e não precisam ser grandes produções, com frutos visíveis já em ações simples dentro das lojas, mostrando aspectos do dia a dia para os clientes.
Debate interessante não é mesmo?! Vamos conversar mais no linkedIn?
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